O mês de dezembro sempre vem acompanhado do início do período de chuvas constantes. Nessa época, é indispensável que as famílias redobrem a atenção aos cuidados necessários para evitar a formação de locais com água parada e a consequente proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Dados do Ministério da Saúde divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostram que, até novembro deste ano, foram registrados 239.076 casos prováveis de dengue no país, o que representa uma incidência de 116,0 casos por 100 mil habitantes.
Segundo Dr. Jessé Alves, infectologista que compõe o corpo clínico do Laboratório Atalaia, a dengue se caracteriza como uma doença febril em que, na maioria dos casos, os sintomas são leves e não específicos. "Os indícios mais comuns são queixas de dores de cabeça, especialmente ao redor dos olhos; dores musculares intensas; fadiga e vermelhidão na pele que podem durar até uma semana", explica.
O especialista destaca que existem sinais de alerta que devem ser conhecidos por todos, pois podem indicar uma progressão para formas mais graves da doença e se manifestam como dores abdominais intensas, vômitos, sonolências, sinais de sangramento de mucosas e diminuição do volume de urina.
"Quando a pessoa apresenta esses sintomas mais severos, ela deve buscar o serviço de saúde para que sejam feitos exames laboratoriais e medidas de suporte imediato para garantir o diagnóstico precoce. Com isso, conseguimos indicar o tratamento mais adequado para cada caso e afastar a possibilidade de outras doenças, cujos sintomas podem ser confundidos", acrescenta.
Mas como detectar precocemente?
Após passar por uma consulta médica, a pessoa com suspeita de dengue recebe um pedido de exame para a obtenção do diagnóstico da doença. De acordo com Alves, existem diferentes tipos de procedimentos, sendo que os mais conhecidos são os testes sorológicos e o PCR. "No primeiro método, identificamos se há presença de anticorpos ou de antígeno [proteína NS1] liberado na circulação sanguínea durante a infecção pelo vírus e, no segundo tipo, é feita uma pesquisa que verifica a existência de material genético do vírus em circulação", esclarece.
O biólogo molecular que compõe o corpo clínico do Laboratório Atalaia, Dr. José Eduardo Levi, conta que cada um desses exames é indicado para um período específico do início dos sintomas. De dois a 10 dias do começo do quadro sintomático, é recomendado o NS1 e, de um a cinco dias, o PCR.
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